O gênero ficção científica

Não é difícil encontrar um livro que faça alguma previsão do futuro. No universo da ficção científica, um gênero narrativo que possui muitos fãs, a criatividade é livre para criar um universo paralelo avançado e cheio de recursos tecnológicos.
Porém, chega a ser difícil descrever o que é uma ficção científica (embora nós sempre saibamos quando estamos diante de uma). Esse gênero difere-se da fantasia justamente no quesito “científico”, visto que a maioria das ideias é proveniente de uma teoria científica (mesmo que ela não seja assim tão convincente, a base científica está lá). Em uma mistura de questões sociológicas, políticas e tecnológicas, os autores de ficção científica tentam descrever o futuro e o comportamento da humanidade em diferentes situações. Normalmente, os livros mais clássicos levam ao questionamento do homem tentando sobreviver a situações que ele mesmo pode ter criado. O processo de sobrevivência normalmente conta com ferramentas tecnológicas (lasers poderosos, máquinas do tempo, robôs, seres modificados geneticamente e mais), um pouco de ciência (física quântica, computação avançada, etc.) e um personagem esperto o suficiente para se livrar de enrascadas.
A prova de que a ficção científica faz sucesso é, além da legião de fãs que os livros possuem, o fato de que os games, filmes e séries de sci-fi também fazem muito sucesso. No caso dos filmes, eles têm grandes índices de bilheteria e podem perdurar como clássicos por gerações.

Autores que previram algumas tecnologias atuais:

1. Jules Verne (1828-1905)

Jules Verne (abrasileirado para Júlio Verne) foi um autor de ficção científica francês famoso. Ele foi muito além do seu tempo ao prever várias tecnologias presentes no século XX, como o submarino, o helicóptero e a ida do homem à Lua. Verne é conhecido por muitos pelo título de “o homem que inventou o futuro”. Algumas de suas obras mais famosas são “Viagem ao Centro da Terra”(1864), “Vinte mil léguas submarinas” (1870) e “A volta ao mundo em 80 dias”(1873). Uma curiosidade é que Santos Dumont se inspirou em uma das obras de Jules Verne para criar suas engenhocas.

2. Aldous Huxley (1894-1963)

As distopias de Huxley são memoráveis. Nelas, ele fez previsões de um futuro obscuro. Enquanto em sua obra “Admirável Mundo Novo” (1932) a sociedade do futuro vive em um sistema de castas e passa por uma manipulação psicológica para manter a ordem, em “A Ilha”(1962), seu último livro, a situação está um pouco mais controlada. É em “Admirável Mundo Novo” que Aldous Huxley faz grande parte de suas previsões. Dentre elas é possível citar a engenharia genética, distrações diversas (como a internet atualmente oferece), drogas que oferecem euforia e calmaria, consumismo excessivo, concentração de poder e mais.

3. Arthur C. Clarke (1917-2008)

Arthur C. Clarke fez grandes previsões sobre o futuro. Em 1964, quando foi perguntado sobre como ele acreditava que seria o futuro em 50 anos, ele foi quase um oráculo. A lista com suas previsões conta com comunicação e troca de informação instantânea (atualmente conhecida como internet), fazer negócios com pessoas de qualquer lugar do mundo e até um dispositivo replicador – como uma impressora 3D). Aparentemente, Clarke conseguiu fazer a previsão de várias tecnologias que usamos atualmente e, mesmo que isso não pareça tão difícil por ter sido menos de 60 anos atrás, é impossível negar que ele tinha uma boa visão do futuro. Um dos trabalhos mais famosos é “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968).

4. Isaac Asimov (1920-1992)

No mesmo ano que Arthur C. Clarke, em 1964, Isaac Asimov fez algumas predições sobre o futuro (aparentemente a pergunta estava na moda na época). Dentre elas, há automação de alimentos e refeições congeladas, robôs, energia proveniente de usinas nucleares e energia solar, veículos autônomos, videoconferências por meio de transmissão de sinais por satélites, muita poluição, um mundo dominado por robôs com pessoas aprendendo a programar desde cedo e mais. Embora Asimov tenha acertado algumas previsões e batido na trave em outras, ele também errou feio em alguns casos, como quando previu a construção de casas no espaço e a mineração na Lua (ou talvez algumas hipóteses estejam além do nosso tempo). Um dos seus trabalhos clássicos é “Eu, robô” (1950).

5. HG Wells (1866-1946)

HG Wells já falava, no século 19, sobre meios de comunicação sem fio e guerras com bombas nucleares, bombardeamentos aéreos e mais. Em Guerra dos Mundos (1898), ele fala sobre o laser e, em “A Ilha do Dr. Moreau” (1896), sobre criaturas bizarras criadas por engenharia genética. Wells também relata coisas que não aconteceram (ainda), mas que não destoam da nossa visão do futuro, como uma máquina que viaja no tempo, a capacidade do homem de ficar invisível e uma invasão marciana.

6. George Orwell (1903-1950)

Orwell não pode ficar de fora da lista, apesar de não ter acertado tanto em sua previsão. Em sua obra mais famosa, “1984” (publicada em 1949) – um clássico – , ele fala sobre câmeras de vigilância (surgindo o termo Big Brother) e vigilância constante. Não é muito diferente do que começamos a viver, com câmeras espalhadas por todos os lados e polêmicas sobre reconhecimento facial. Felizmente, ainda não chegamos na parte dramática da história (e esperamos não chegar). Há, atualmente, dúvidas sobre nós vivermos em uma distopia de Orwell ou de Huxley. Talvez, seja uma mistura de todas elas.

7. Geoffrey Hoyle (1941 – presente)

Em “2010: Living in the Future” (1972), Hoyle fala sobre muitas tecnologias atuais, como bibliotecas digitais, webcams, compras sem sair de casa, o smartphone, o microondas, telas sensíveis ao toque e mais. Parece fácil, já que ele não está tão longe assim da nossa realidade, mas ele acertou muito em suas previsões.

8. Philip K. Dick (1928-1982)

Philip K. Dick possui a fama de ser um dos autores mais influentes do século passado. Ele é responsável pelo livro que inspirou o filme Blade Runner, o chamado “Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de 1968. Só por isso já é possível ter uma ideia de suas previsões do futuro. Talvez nós não estejamos tão avançados assim, mas Philip Dick fez algumas revisões mais atuais. Na década de 80, ele fez uma lista de previsões para os próximos 30 anos que continha muita coisa que não aconteceu, mas outras nós realmente vivemos. Por exemplo, o hidrogênio como fonte de energia, um acidente nuclear na União Soviética ou nos Estados Unidos (Chernobyl e Three Mile Island), uso comum de computador e outras.

9. Douglas Adams (1952-2011)

Não entre em pânico, mas Douglas Adams também fez algumas previsões em “O guia do Mochileiro das Galáxias” (1979). Dentre elas, é possível citar: tela sensível ao toque, e-books, a Wikipedia (sim, em quem mais você pensa quando falam sobre vários textos com informações sobre várias coisas?), tradução automática, etc. Conhece mais algum que deveria fazer parte da lista? Deixe nos comentários abaixo: Fontes: Business Insider; Interesting Engineering; History; Big Thing; CNET.

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